ABQM estipula prazo final para implantação de chip
Tecnologia é pioneira nos cavalos e leva credibilidade aos campeonatos
Tecnologia é pioneira nos cavalos e leva credibilidade aos campeonatos
Cada vez mais optar pela tecnologia tem sido a melhor saída para facilitar o desenvolvimento e o trabalho de diversos setores. Na pecuária ela está presente há muitos anos e tem possibilitado o avanço em todos os campos. Seguindo essa tendência, há cinco anos a ABQM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha) decidiu trazer um dispositivo que já é utilizado em outras espécies de animais para a identificação com mais precisão de seus cavalos, principalmente durante as provas de competição.
O Departamento do Stud Book da entidade auxilia na implantação de microchips. O chip ou microchip é um dispositivo do tamanho de um grão de arroz. Colocado sob a pele do animal, ele apresenta o seu código por meio de um leitor específico que contém informações sobre o indivíduo. Os dados contidos nos dispositivos ficam armazenados em bancos de dados online. Neles é possível identificar o nome do animal, pelagem e número do registro.
“A utilização do microchip é, sem dúvida, um facilitador de manejo e excelente modo de identificação sem riscos para o animal”, informou a superintendente do Stud Book, Ana Paula Prandini.
Neste ano de 2018 o sucesso do procedimento é incontestável e a entidade divulgou que está prestes a atender todos os cavalos da raça inscritos nos campeonatos. Para isso estipulou um prazo final. A partir do dia primeiro de julho deste ano, todos os eventos oficializados não poderão aceitar a inscrição de animais sem o microchip. E os quartos de milha que competirem sem o dispositivo serão automaticamente desclassificados e considerados SAT – Sem Aproveitamento Técnico.
Paulo Farha é um dos criadores que aprova a utilização do microchip. Com um plantel de 800 cabeças, tem aproximadamente 60 animais em competição. E todos já estão microchipados.
“Antes os animais eram marcados a tinta, o que para muitos era inconveniente, pois na maioria das vezes aquela tinta demorava para sair. O chip só vem a somar. É fundamental, porque vai facilitar muito nas competições”, expressou Farha.
Outro ponto destacado pelo criador é a credibilidade que o microchip traz. “Existiram casos em que o competidor ou o treinador, mal intencionado, inscrevia um animal na prova e entrava com outros. Muitos trocaram a numeração colocada nos animais. Agora isso não será possível. A identificação fica mais confiável e mais fácil”, contou.
Futuramente o microchip ajudará dentro das propriedades, facilitando a identificação dos animais por meio da leitora em bastão e contribuindo com informações úteis para o controle do manejo correto.
Nas outras raças, tanto equinas quanto bovinas, a identificação dos animais durante as provas continua sendo por tinta ou placa.
Por Bárbara Siviero | Canal Rural