Antonia Scalzilli assume a presidência do Instituto Desenvolve Pecuária
A advogada e criadora das raças Angus e Brangus já atuava na defesa da pauta da segurança no campo
Advogada e criadora de Angus e Brangus em propriedades em Bagé e Cacequi, Antonia Scalzilli pautou sua atuação junto ao Instituto na defesa da criação de políticas públicas efetivamente voltadas para a segurança do homem e da mulher do campo. Por isso, considera que assumir a presidência da entidade é um grande desafio, pois agregará a pauta específica da segurança a temas mais abrangentes e igualmente relevantes. “Quando comecei a fazer parte do instituto, me encantei e me identifiquei muito com os valores das pessoas que ali estavam, a maneira como o instituto foi criado, através de produtores rurais de ponta, pessoas que não se acomodam dentro de suas propriedades simplesmente olhando para as tribulações, que vão atrás de resolver as problemáticas; isso me move e me fez querer fazer parte”, justificou. Antonia disse que recebe o Instituto, que já nasceu forte, pronto para um novo momento. “Precisamos trabalhar de forma ativa, com protagonismo. A nossa voz deve ecoar para fora das nossas porteiras. Temos que nos unir, e, juntos, buscarmos resolver as adversidades que são comuns a nós, pecuaristas. Estar à frente de uma instituição significa estar sensível ao que aflige seus membros. A pecuária gaúcha necessita voltar ao pódio”, anunciou a nova dirigente.
À frente do Instituto desde sua criação, Luis Felipe Barros usa a palavra “provocar” para resumir três anos de trabalho em prol da pecuária gaúcha. “A gente conseguiu acessos institucionais muito importantes, tivemos o mérito de fazer uma gestão que teve muitos relacionamentos institucionais, então obviamente a gente se apoiou muito em instituições sólidas como Farsul, Febrac, Federasul, entre outras”, disse o ex-presidente. Barros ressaltou, ainda que, nestes três primeiros anos, foi possível ver o desenvolvimento do Instituto em melhorar os eventos, as entregas aos associados e em provocar as questões pecuárias. “Esse foi o grande mote: provocar. Nós provocamos muitas mudanças, provocamos, inclusive, a necessidade de se falar no Instituto Gaúcho da Carne. Fomos incansáveis em termos de provocar todos os players importantes da pecuária gaúcha”, avaliou Barros.
Sobre o começo da instituição, Luis Felipe Barros contou que foi um desafio legalizar um grupo de WhatsApp constituído por 200 pessoas que aos poucos entenderam que o Instituto estava sendo visto. O ex-dirigente lembrou que tudo iniciou para defender os interesses do grupo original, mas que foi se tornando voz para a pecuária, com a procura cada vez maior pela imprensa e por pessoas de dentro das universidades. “Essa gestão começa reenergizada, mas com outros desafios. O Instituto tem que virar uma Ocip para poder ter projetos e captar verbas, porque sem verba a gente não consegue evoluir os projetos e também não pode ficar sendo apenas uma entidade provocativa”, afirmou Barros. Ele destacou que a nova presidente é uma pessoa extremamente qualificada, que já tem traquejo e habilidades políticas para isso.