Boi gordo: preços começam a reagir após fim do embargo chinês
Segundo a Safras, os frigoríficos já começam a realizar algumas compras visando a produção de novos lotes destinados à China
O mercado físico de boi gordo registrou preços mais altos nesta quinta-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, com o término do embargo, os frigoríficos já começam a realizar algumas compras visando a produção de novos lotes destinados à China.
“É importante mencionar que a prioridade ainda é o escoamento da carne que foi produzida nos padrões de importação chinesa e ainda não haviam recebido o certificado internacional de exportação, mas ainda há um importante gargalo logístico a ser superado. Para o primeiro bimestre de 2022, o mercado se ressentia de fatores que oferecessem sustentação aos preços. A retomada das compras chinesas é um elemento importante que oferece sustentação aos preços do boi gordo em um momento de fragilidade da demanda doméstica de carne bovina”, assinalou Iglesias.
Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 316, ante R$ 310 – R$ 311 na quinta-feira. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 306, contra R$ 296. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 29, contra R$ 291. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310 por arroba.
Atacado
O atacado apresenta preços acomodados para a carne bovina. “O ambiente de negócios ainda sugere para pouco espaço para reajuste no curto prazo. Tradicionalmente os picos no atacado acontecem durante o mês de novembro, enquanto em dezembro os preços do varejo costumam atingir seu ponto de máxima no decorrer do ano. Para 2022 o consumidor brasileiro tende a manter a predileção por proteínas mais acessíveis, considerando o lento crescimento econômico previsto para o próximo ano.”, disse Iglesias.
O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 22,25 por quilo. O quarto dianteiro seguiu precificado a R$ 14 por quilo. A ponta de agulha permanece no patamar de R$ 13,30.