Canal Rural se engaja na campanha Agro Contra o Câncer
Projeto objetiva mobilizar os produtores rurais a colaborar com a causa do Hospital de Amor, antigo Hospital de Câncer de Barretos
Projeto objetiva mobilizar os produtores rurais a colaborar com a causa do Hospital de Amor, antigo Hospital de Câncer de Barretos
O Hospital de Amor, que há 56 anos oferece tratamento gratuito, eficiente, moderno e humanista a pacientes com câncer, lançou recentemente a campanha Agro Contra o Câncer com o objetivo de mobilizar os produtores rurais de diversas cadeias produtivas a colaborar com a causa da instituição.
E o Canal Rural, parceiro histórico da entidade, se une a essa grande corrente do bem para conscientizar os agricultores e pecuaristas. “Nosso papel é ser um meio para que os produtores rurais entendam a importância do Hospital de Amor, que atende principalmente pessoas do interior e de regiões rurais, bem como a importância de se doar recursos para essa causa”, afirma Júlio Cargnino, presidente do Canal Rural.
A iniciativa se faz necessária porque apenas no ano de 2017 o antigo Hospital do Câncer de Barretos atendeu 171,5 mil pacientes ao custo mensal de R$ 37 milhões. Deste montante, apenas R$ 15 milhões foram custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), resultando em um déficit de 22 milhões de reais a cada 30 dias.
De acordo com Henrique Prata, presidente do Hospital de Amor, o homem humilde do campo doa todos os meses cerca de R$ 10 milhões para a entidade, mas os grandes empresários do setor ainda não se uniram a causa. “Ainda não conseguimos atingir as classes A e B do agronegócio tão bem quanto já atingimos as classes C e D. Então eu acredito que um meio de comunicação como o Canal Rural pode ser muito eficaz para chamar a atenção desse público”, pontuou ele em palestra aos colaboradores do Canal Rural.
Uma das frentes da campanha Agro Contra o Câncer é a doação de um real por boi abatido, que vale, em média, R$ 2.500. No entanto, segundo Henrique, a adesão entre os pecuaristas que possuem menos de 500 cabeças de gado abatidas por ano é maior do que entre aqueles que possuem mais de mil bois abatidos nesse período.
Além da pecuária, o projeto também apresenta propostas de colaboração para outras cadeias produtivas. Segundo o diretor voluntário do Hospital de Amor, José Rubens de Carvalho, o Rubikinho, na cultura da cana-de-açucar a doação é de três centavos por tonelada e no café são 20 centavos por saca. Já para os produtores de soja, nas regiões que produzem acima de 60 sacos, a proposta é que se doe o valor de um saco de soja a cada mil vendidos. Enquanto nas regiões que produzem entre 45 e 50 sacos o objetivo é que seja doado meio saco a cada mil. Além disso, existe a intenção de se fazer parcerias com as cadeias produtivas do milho, do algodão e de diversos segmentos da indústria.
Para o presidente do Hospital de Amor, os doadores salvam tantas vidas quanto os 380 médicos que trabalham em regime de dedicação exclusiva à entidade, pois são essas pessoas que garantem o funcionamento do hospital. “Eu fui criado com meu avô na fazenda e o que me encantou foi saber que mesmo sendo leigo e não tendo o conhecimento técnico dos meus pais (que eram médicos e fundaram a instituição), eu tinha condições de salvar vidas”, diz Henrique Prata.
Para ele, “o propósito da parceria entre o Hospital e o Canal Rural é contaminar pessoas que possam ajudar, porque nós somos capazes de diminuir o tempo que um pobre espera por tratamento na fila e, consequentemente, perde mais da metade da chance de cura”.
Para participar da campanha, basta o produtor autorizar o frigorífico a descontar o valor de um real por boi abatido de seu recebimento e depositar na conta do Hospital de Amor. Como diz o slogan da campanha, “O agronegócio pode vencer o câncer, basta você ajudar”.
Clique aqui para baixar o termo de adesão ou entre em contato para saber mais informações de como participar:
Telefones: (17) 3321-6624 / (64) 99671-5656
E-mail: rubikinho@hcancerbarretos.com.br
Sobre o Hospital de Amor
O Hospital de Amor, antigo Hospital de Câncer de Barretos, atende diariamente 4 mil pessoas com câncer de todos os estados do Brasil. Pacientes que não têm condições de arcar com os custos da medicina particular ou de um plano de saúde encontram na entidade tratamento avançado e humanista. “Nosso tratamento é em primeiro lugar de amor, porque o câncer é uma doença muito deprimente”, afirma Henrique Prata, presidente da instituição.
De acordo com informações da própria entidade, o Hospital de Amor possui hoje uma enorme área construída com 5 Hospitais de Câncer (Hospital Geral de Barretos, Hospital Infantil, Hospital de Cuidados Paliativos, Hospital Geral de Jales e Hospital Geral de Porto Velho/RO); 9 Unidades Fixas de Prevenção nas cidades de Barretos, Campinas, Campo Grande, Fernandópolis, Ji-Paraná, Juazeiro, Lagarto, Nova Andradina e Porto Velho; além de 18 Unidades Móveis, que são carretas equipadas com mamógrafos e que viajam pelo país realizando gratuitamente exames de mamografia e colo uterino.
Quanto à equipe que faz toda essa megaestrutura funcionar, são 3,5 mil colaboradores, 380 médicos e 230 residentes trabalhando exclusivamente na instituição e garantindo um atendimento de excelência nas três frentes principais de luta contra o câncer: prevenção, tratamento e pesquisa.
Assista ao vídeo abaixo e entenda melhor o trabalho realizado pelo Hospital de Amor:
Na visão de Henrique Prata, uma das principais missões do Hospital de Amor é oferecer “igualdade a todos pelo menos na hora da dor”. Para ele, “o dinheiro é insignificante quando existe a honestidade e a solidariedade de fazer para os outros o que se deseja fazer para si mesmo”.
Por Yahell Bonfim | Canal Rural