Carrapato pode ser evitado se pecuarista conhecer o solo da região, diz biólogo

Especialista orienta a prevenção para evitar a proliferação comum em períodos chuvosos

Com a chegada do período das águas, pecuarista deve ficar atento a infestação de parasitas, como o carrapato-do-boi, que costuma aumentar com o clima quente e úmido. Para o biólogo Túlio Nunes, CTO da Decoy Smart Control, desenvolvedora de soluções biológicas para controle de pragas, a proliferação pode ser controlada se o pecuarista conhecer bem o solo da região. “Quanto maior a temperatura e maior a umidade, mais rápido o carrapato se desenvolve e maior é seu número de gerações ao ano. Por isso, é fundamental que o pecuarista conheça o desenvolvimento do carrapato na região”.

Além disso, outra recomendação do especialista é preparar bem o manejo dos animais e a pastagem, atentando-se principalmente ao período do ano. Com isso, é possível mitigar alguns erros do transporte até o pasto, prezando assim pelo bem-estar do rebanho.

“Podemos dizer que os ovos desses parasitas estão no solo apenas esperando as condições favoráveis de umidade e temperatura para as larvas surgirem, sendo que cada fêmea de carrapato pode colocar no ambiente até três mil ovos”, explica Túlio Nunes.

A proliferação de carrapatos no gado traz grandes prejuízos ao setor. O carrapato-do-boi, cujo nome científico é Rhipicephalus microplus, interfere diretamente no peso dos animais, na redução da produção do leite, causa danos ao couro do animal e ainda transmite doenças, tais como a TPB (Tristeza Parasitária Bovina), que pode causar a morte do animal. Um prejuízo calculado pela Embrapa e que de acordo com os dados levantados a perda para a pecuária com os parasitas ultrapassa R$ 12 bilhões por ano.

O cuidado com o manejo do rebanho também pode ter como aliado o controle biológico que substitui a utilização de agrotóxicos, que agridem o animal e o meio ambiente. Ele funciona a partir de uma tecnologia que utiliza organismos vivos que extinguem uma população de praga específica, o que torna menos abundante e menos danosa.

Fonte: Assessoria Motim

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