Como descobrir a idade dos bovinos pelos dentes?
Número de dentes permanentes serve para estimar idade dos animais
Número de dentes permanentes serve para estimar idade dos animais
É possível descobrir a idade dos bovinos através da arcada dentária, analisando os tipos de dentes, tamanho, localizações, período de troca dos de leite em definitivos, desgastes naturais e perdas. A estimativa da idade por este método pode variar de acordo com a raça e a precocidade do animal.
Todos os dentes de leite podem estar presentes ao nascimento ou irromper em poucos dias, tornando-se funcionais por volta das duas a quatro semanas de vida. Aproximadamente aos 20 meses de idade se inicia o processo de substituição dos dentes de leite para os dentes permanentes. O número de dentes permanentes pode ser um parâmetro facilmente utilizado para estimar a idade dos bovinos (Tabela 1).
Tabela 01. Idade de erupção dos dentes permanentes de acordo com a idade dos bovinos (meses).
Os dentes incisivos temporários possuem esmalte branco, são pequenos e mais finos, já os dentes permanentes possuem um esmalte de coloração marfim, são maiores e com estrias.
O procedimento para descobrir a idade é simples:
1º É preciso dominar adequadamente o animal;
2º Levantar o lábio superior e abaixar o inferior, expondo os dentes incisivos;
3º Observar os incisivos inferiores;
4º Interpretar de acordo com a época de erupção e troca dos dentes temporários pelos permanentes conforme descrito na tabela 1.
Veja alguns exemplos:
Bezerro Holandês jovem com oito incisivos inferiores temporários, apresentando idade inferior a 18 meses. Observe que os dentes possuem esmalte branco, são finos e não há espaço visual entre eles.
Animal Holandês adulta com oito incisivos inferiores permanentes, apresentando idade superior a 36-58 meses. Observe que os dentes possuem esmalte de coloração marfim, são maiores e com estrias verticais.
Saiba estimar a idade dos animais de acordo com a erupção e troca dos dentes temporários pelos permanentes:
Fonte: Adaptada de RADOSTITIS et al.(2002)
Por: Mestranda Natália Meirelles Sobreira; Profa. Viviani Gomes | Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – USP