Criadores do interior de São Paulo se reuniram para saber mais informações sobre o potencial que a genética Angus pode trazer ao gado da região
Apesar de ser o maior mercado consumidor de carne Certificada Angus, o estado de São Paulo demanda apenas 6% de todo o sêmen de reprodutores Angus comercializado no Brasil. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), por ano, a Angus vende 4,9 milhões de doses, a maior marca entre todas as raças de bovinos do Brasil, sendo que pouco mais de 285 mil doses são adquiridas por criadores paulistas. Atentos ao potencial que essa genética pode trazer ao gado da região e à produção de cortes premium, mais de 70 criadores do interior de São Paulo reuniram-se, na noite da última sexta-feira (25), em Jaguariúna (SP) no Circuito Touro Angus Registrado. Realizado no espaço Red Eventos, o encontro foi aberto pelo presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, ao lado do criador e diretor da associação Valdomiro Poliselli Jr, e do diretor e inspetor técnico Flávio Alves. Dzyekanski mencionou que o trabalho da associação transcende a qualidade da carne, mas também está ligado à inovação e à sustentabilidade dos processos. E mencionou o recente selo Sustentabilidade, lançado pela Angus para atestar propriedades com boas práticas relacionadas ao meio ambiente e ao trabalho.
Na primeira palestra da noite, o médico veterinário e gerente de fomento da Angus, Mateus Pivato, reforçou os ganhos da escolha de animais Angus Registrados nos rebanhos puros e meio sangue. Segundo ele, esses reprodutores são notoriamente melhoradores e deixam uma herança valiosa com descendentes de qualidade e alta padronização. Respondendo à pergunta de porque um criador deve escolher um touro Angus registrado, Pivato pontuou: “Quem registra anota e quem anota seleciona”. O processo de avaliação de dados é essencial para obtenção de animais que imprimam exatamente os objetivos do criador. “Criar Angus é caminho de lucratividade na propriedade e no frigorífico. Usar animais melhoradores e avaliados pelo Promebo, então, nos traz garantias de que a seleção estará focada nas características almejadas, como, por exemplo, facilidade para deposição de gordura, precocidade de terminação. Ou seja, geram mais lucro em menos tempo para os criatórios”.