Comemorando 15 anos de atividades, o programa PampaPlus foi tema de curso realizado nesta quinta-feira, 30 de novembro, na sede da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé (RS). O evento, promovido pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, trouxe palestrantes que mostraram a evolução do melhoramento genético e a contribuição do programa em plantéis das raças Hereford e Braford.
O chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, destacou, em sua fala inicial, os nomes que fizeram parte desta evolução dos 15 anos do programa PampaPlus. “O que realmente faz um programa forte e de sucesso são bons criadores e bons técnicos de campo. Nisso o PampaPlus está bem servido e é nisso que vemos o grande sucesso do programa. E nossa grande missão é levar tecnologia ao campo para melhorar a rentabilidade dos produtores, a sustentabilidade da produção e a genética tem um papel fundamental de usar melhor os recursos que trabalhamos e com isso conseguimos produzir alimentos de maior qualidade e seguros”, observou.
Este destaque das pessoas foi referendado pelo presidente da ABHB, Eduardo Soares, que citou que são três pilares fundamentais para o sucesso do programa. “Precisamos de uma entidade que respalde este programa e a Embrapa nos dá este respaldo e sem este aval não se tem credibilidade. Além disso, temos as pessoas que estão envolvidas na condição disto, onde entram os técnicos, os coordenadores do programa. E na outra ponta temos os criadores, com seus pesos e importâncias”, salientou, acrescentando ainda que o melhoramento genético tem que evoluir, pois os negócios rurais mudaram e nem sempre é possível fazer o que se fazia antes. “Preparar animais é mais caro. Quando se quer destacar animais, se destacam poucos e o programa tem que evoluir para acompanhar essa evolução dos tempos”, complementou.
Para falar sobre melhoramento genético, Márcio Ribeiro Silva, do Grupo Ema, de Corumbá no Mato Grosso do Sul, trouxe sua experiência com o gado nelore criado no Pantanal. “Quando a gente trabalha com bovinos, temos que pensar que o tempo é o senhor da razão”, ensinou o especialista, no início de sua palestra. Ele explicou que a intensidade de seleção em algumas espécies é mais rápida do que em bovinos. Silva também destacou que essa intensidade será maior em machos do que em fêmeas e que isso é muito importante quando se fala em ganho genético. Sobre o trabalho que desenvolveu junto ao rebanho Ema, Márcio Silva disse que o produtor não deve ser imediatista ao buscar melhoramento genético. Ele afirma que o ganho genético é cumulativo e perene. “O que é muito bom para rebanho comercial”, concluiu.