Genética Ultrablack ganha adeptos em diferentes regiões
Os bovinos ganham terreno na pecuária de corte como alternativa para o cruzamento industrial
O uso da genética Ultrablack vem ganhando força no Brasil todo e conquistando criadores de todas as regiões do país. Os bovinos ganham terreno na pecuária de corte como alternativa para o cruzamento industrial. Ou seja, com fêmeas F1 (oriundas do cruzamento Angus x Nelore) visando a produção de carnes premium. Um exemplo da expansão da raça, que teve o seu primeiro animal registrado no Brasil em 2017, vem do Nordeste, na propriedade do pecuarista André Lima, localizada em Macaparana. O criador vem investindo na genética Ultrablack para o cruzamento com vacas F1 e teve recentemente o primeiro produto fruto desse trabalho. No início de abril, nasceu o primeiro bezerro, filho do touro Ultrablack VPJ Ultrablack KING.
O trabalho, adianta o criador, deve servir de estímulo para o cruzamento industrial na Fazenda Paquevira, que tem atualmente plantel de 200 cabeças. O objetivo, segundo Lima, é produzir animais diferenciados, sempre apostando na qualidade da Carne Angus Certificada, que mais do que qualidade ao consumidor é garantia de renda no campo em diferentes condições climáticas, inclusive.
Outros exemplos do uso da genética Ultrablack
Do Centro-Oeste vem outra iniciativa que também tem como foco as fêmeas meio-sangue Angus inseminadas com sêmen de Ultrablack. Há cinco anos voltada ao projeto de produção de carne de qualidade, a FMX Pecuária, de Várzea Grande (MT), vislumbrou a possibilidade de ampliar a produção de carne gourmet com o cruzamento industrial a partir da produção de animais mais precoces e com um detalhe fundamental: sem perder a rusticidade tão necessária em rebanhos do Centro-Oeste.
De acordo com o médico veterinário Faber Monteiro Carneiro, consultor na FMX, a busca por indivíduos que imprimissem maior qualidade de carne foi determinante para alcançar o objetivo pretendido. Portanto, o de colocar no mercado um produto superior por meio de uma produção que se diferencia pela precocidade na desmama (4 meses), velocidade no ganho de peso e na terminação. “Essas características encontramos no trabalho de inseminação com Ultrablack em fêmeas meio-sangue Angus. O resultado são bezerros com 65% sangue Angus, uma grande aposta para a produção da carne de qualidade”, enfatiza Faber.
O veterinário foi um dos primeiros a inseminar fêmeas Angus comercialmente com genética do Ultrablack no Brasil. As doses foram adquiridas em 2018 (filhos do reprodutor BMV ULTRABLACK ALEX 010) e a inseminação ocorreu em julho do mesmo ano. Além disso, os 100 bezerros fruto do cruzamento nasceram em 2019 e agora se encontram na fase de recria. De acordo com Faber, a intenção é ampliar o projeto com foco na produção de carne, tendo a raça Ultrablack como grande aliada.
Fonte: Jardine Comunicação, com edição de Bianca Sandrine | Lance Rural