As inovações na área de melhoramento genético de bovinos de corte ocorridas nos últimos anos vêm permitindo ao Brasil produzir mais carne e com qualidade. Mesmo com a redução de áreas de pastagens no país. Para os próximos anos, os avanços devem ser ainda maiores com a incorporação da seleção genômica aos programas de melhoramento.
Esse é o caso do Programa de Melhoramento Genético do Senepol (PMGS), que já há quatro anos também está alicerçado na genotipagem dos animais. Sendo assim, compondo uma das quatro etapas fundamentais para obtenção de índices zootécnicos e econômicos.
São eles: Registro Genealógico de Nascimento e Definitivo, Avaliação Genética e Geração das DEPs, Provas de Avaliação e Genômica. O surgimento da genômica fez evoluir muitos conceitos de melhoramento e calibrou as estratégias usadas na seleção. Para fazer frente a este desafio o PMGS tem vários mecanismos estabelecidos para a aplicação da Genômica na raça Senepol, sendo que todos eles estarão integrados em um único teste de DNA. Este compõe marcadores diretos para as características de musculatura dupla (relacionada a problemas que afetam o desempenho do animal) e tamanho de pelo (ligado à adaptabilidade da raça). Além disso, o aprimoramento das DEPs tradicionais para peso e carcaça aumentando a precisão das mesmas.
Estão em estudos de viabilização o desenvolvimento da genômica para características novas como eficiência alimentar, reprodução e qualidade de carcaça. “Trabalhamos no sentido de resguardar a caracterização morfológica e funcional da raça, conciliando ferramentas tradicionais com as novas tecnologias, para que possamos evidenciar cada dia mais os benefícios e atributos que nossa raça proporciona à pecuária de corte nacional”, diz o presidente do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) da ABCB Senepol, Pedro Crosara Gustin.