Maior locutor de rodeios do Brasil morre nesta terça-feira
Asa Branca faleceu aos 57 anos. Ele lutava desde 2017 contra um câncer de boca que se espalhou
Waldemar Ruy dos Santos, conhecido como Asa Branca, faleceu na tarde dessa terça-feira, dia 4 de fevereiro. O famoso locutor de rodeios estava internado no Instituto do Câncer, na Zona Oeste de São Paulo, onde lutava contra um câncer de boca descoberto em 2017. A doença avançou para o cérebro, língua e pescoço, caracterizando como um câncer metastático. Além disso, Asa Branca era portador do vírus HIV, descoberto em 2007. Na época, ficou afastado por um ano das arenas, devido a complicações de saúde.
Asa Branca estava pesando 55 quilos. Há três anos, quando a doença foi descoberta, o locutor pesava 92 quilos. Desde então, já havia realizado 33 sessões de radioterapia para tratar a doença. O câncer desapareceu por algum tempo, porém o tratamento deixou grandes sequelas, como por exemplo, a perda total do paladar.
O tumor voltou em 2018 mais grave que da primeira vez. Naquele ano, ele e a esposa Sandra foram aos Estados Unidos em busca de um novo tratamento. Asa Branca retornou ao Brasil no final de 2018 onde continuou se tratando.
O mito dos rodeios
Chegando ao Brasil, após uma temporada no Texas, nos anos 90, Asa Branca tornou-se um dos mais respeitáveis locutores de rodeios. Com um método inovador, trouxe na bagagem um microfone sem fio, que permitia narrar os eventos de dentro das arenas, em vez do púlpito, como faziam os demais narradores. Também foi responsável por tornar ainda mais popular o jargão “segura, peão”, criado por José Antônio de Souza, o Zé do Prato, outro famoso locutor de rodeios, falecido em 1992.
As rimas de Asa Branca eram espontâneas, criadas na hora por ele, que observava com olhos atentos tudo o que estava acontecendo na arena e também na arquibancada. Sua chegada aos rodeios eram sempre marcantes, com entradas até de helicóptero.
Ainda não há informações sobre data e horário do enterro e velório.
Por Redação Lance Rural