Sindi é destaque na produção leiteira no Norte, Nordeste e Sudeste brasileiro
Raça é considerada uma das mais antigas do mundo
Raça é considerada uma das mais antigas do mundo
A raça Sindi surgiu na região chamada de Kohistan, na parte norte da província de Sind, no atual Paquistão. Esta região é desértica e seca, o que ajudou a raça a se adaptar com o clima tropical brasileiro.
Dados históricos indicam que as primeiras importações da raça ao Brasil ocorreram por volta de 1850. Mas somente em 1930, através do criador Ravisio Lemos, que a raça se estabilizou no país. Outro nome que acreditou e trouxe o Sindi para o país, foi o Felisberto de Camargo, que em 1952 carregou no avião, 32 animais.
A vinda do animal para o país foi quase uma novela. Na época das negociações com o governo, Camargo não conseguiu o apoio para a entrada deles, ou seja, os animais foram impedidos de chegar ao seu destino final, que era o Pará.
O gado importado ficou retido por cerca de três anos em Fernando de Noronha. E depois de tanta burocracia, os animais conseguiram entrar no estado paraense para abastecer o mercado com produtos lácteos. A raça Sindi é uma espécie mais explorada no nordeste brasileiro, região que corresponde a 77,16% da criação no país. O cruzamento desta raça faz com que o potencial do gado Sindi se torne ainda mais expressivo.
Segundo o Diretor-secretário da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi, Arthur Abdon Targino, criar esta raça é muito prazeroso, pois além de ser facilmente adaptável ao ambiente, é eficaz em suas produções. “Rústica, a raça consegue converter as pastagens mais grosseiras em carne e leite, e é um zebuíno bastante precoce”, afirma ele.
O Sindi apresenta uma estatura pequena, porém com grande profundidade, possui pelagem avermelhada, variando do amarelo-alaranjado ao castanho. Os machos são mais escuros. Eles apresentam uma tonalidade mais clara no focinho, barbela, testa e no ventre. Os pelos são finos, curtos e brilhantes. Além de ser um animal rústico, o Sindi é sadio, vigoroso e dócil.
O Sindi também produz uma boa carne. A raça se adapta facilmente em pastagens de baixa qualidade, e apresenta resistência à febre aftosa, doença que chega a matar bovinos no Brasil.
As vacas desta raça podem ser criadas como zebu leiteira. Neste tipo de produção, vacas Sindi e animais de raças europeias geram bons resultados para a pecuária. A atividade principal da raça, como já foi mostrada aqui, é a produção de leite, e os resultados variam de acordo com a seleção e conforme a região.
A ABCSindi está repleta de eventos no segundo semestre, isso para que a pecuária conheça mais esta raça, que é tão importante na produção leiteira e de carne.
Por: Paula Spínola | ABCSindi | Canal Rural