Valor da Produção Agropecuária em São Paulo 26,6% maior em 2021

Ranking do VPA no estado de São Paulo em 2021 foram: cana-de-açúcar, carne bovina, soja, carne de frango e laranja para indústria

Dados divulgados pelo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, mostram que o Valor da Produção Agropecuária (VPA) paulista foi de R$ 122,41 bilhões em 2021, 26,6% superior ao resultado obtido em 2020 e 13% maior em termos reais, quanto deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Para chegar ao resultado, o IEA utilizou dados de preços correntes médios recebidos pela agropecuária paulista de 50 cadeias selecionadas de origem vegetal e animal coletadas junto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI).

Os cinco primeiros produtos no ranking do VPA no Estado de São Paulo em 2021 foram: cana-de-açúcar, carne bovina, soja, carne de frango e laranja para indústria. De acordo com os pesquisadores do Instituto, a queda da produção, notadamente das cadeias de participação expressiva do VPA, como laranja e milho (de -4,47% e -6,87%, respectivamente), provocadas pelas condições climáticas adversas, foi largamente compensada pelo aumento dos preços desses produtos (+22,66% e +66,34%, na ordem) que, historicamente, encontram-se entre as primeiras posições no ranking paulista.

A cana-de-açúcar teve crescimento nominal de 23,36% em função da elevação de 25,68% nos preços nominais recebidos pelos agricultores. Segundo o IEA, o preço da carne bovina apresentou aumento de 37,14%, imprimindo uma expansão de 36,44% em seu VPA.

Dos cinco grupos de produtos calculados no VPA parcial paulista de 2021, apenas um não apresentou crescimento. O grupo de olerícolas apresentou redução de 1,97% em seu VPA. Segundo os pesquisadores do IEA, as quedas nos valores de batata (-62,21%) e cebola (-74,03%) refletiram na redução.

No grupo de produtos animais, que apresentou expansão parcial de 36,44% no valor de sua produção, todas as cadeias, com exceção do casulo, apresentaram expressivo aumento do VPA, basicamente em função da elevação dos preços. O destaque foi a carne suína, que reajustou seus valores tanto em função dos preços quanto pelo aumento da produção.

O grupo de grãos e fibras foi o que apresentou o maior crescimento do VPA preliminar de 2021 (45,83%), puxado principalmente pela soja e pelo milho, que no ranking do estado se situam respectivamente nas terceiras e sextas posições entre os 50 produtos considerados no estudo. Em função de uma produção reduzida em 59,62%, o algodão foi o único que apresentou queda de valor nesse grupo de produtos. A menor variação positiva do VPA parcial de 2021 ocorreu no grupo de frutas frescas (7,49%), que com uma produção menor em comparação com o ano anterior compensou via preços o valor adicionado nesse período.

O estudo foi conduzido pelos pesquisadores do IEA José Roberto da Silva, Paulo José Coelho, Carlos Roberto Ferreira Bueno, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e Ana Victória Vieira Martins Monteiro.

Fonte: IEA-APTA

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