Vendas de sêmen bovino crescem no 1º semestre de 2018
Nas raças de corte esse aumento foi de 14,2%. No leite foi de 2,7%. No geral, elevação de 9%
Nas raças de corte esse aumento foi de 14,2%. No leite foi de 2,7%. No geral, elevação de 9%
O mercado de genética bovina vem confirmando a estimativa de crescimento para 2018. O primeiro semestre do ano fechou com 9% de aumento nas vendas gerais de sêmen, em comparação ao mesmo período de 2017, segundo balanço publicado nesta semana pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA). Foram comercializadas 5.106.718 doses contra as 4.685.507 doses do mesmo período do ano anterior.
A maior elevação foi registrada nas raças de corte, com 2.937.480 doses vendidas, aumento de 14,2%. Nas raças leiteiras, também houve melhora, com 2.169.238 de doses vendidas, 2,7% superior a 2017. “Já prevíamos um aquecimento do mercado em 2018, mas, no corte, ficou acima do esperado. Como no corte as maiores vendas são registradas nos meses que antecedem a estação de monta, entre agosto e outubro, esperamos fechar o ano acima do acanhado crescimento de 0,6% registrado em 2017”, avalia o presidente da ASBIA, Sérgio Saud. Segundo ele, a greve dos caminhoneiros prejudicou as vendas de sêmen no mês de maio.
Já nas exportações das raças de corte, houve um comportamento bem diferente. Foram exportadas 55.964 doses contra 88.545 do primeiro semestre de 2017. Segundo Saud, neste caso, a queda foi provocada por problemas relacionados aos protocolos sanitários entre o Ministério da Agricultura do Brasil e de outros países. Se no leite as vendas internas cresceram de forma um pouco mais tímida que no corte, as exportações já tiveram outro comportamento. Foram exportadas 81.443 de doses contra 74.326 no primeiro semestre de 2017.
As importações foram prejudicadas por problemas burocráticos, como a falta de fiscais do MAPA para liberar a entrada de sêmen no País. No leite, entraram no país 1.593.775 doses no primeiro semestre de 2018 contra 1.648.944 do mesmo período de 2017. No corte, a queda foi ainda maior, sendo importadas 963.674 doses em 2018 contra as 1.333.266 do mesmo período de 2017.
Produção nacional
Assim como as vendas cresceram, a produção também fechou bem o primeiro semestre de 2018. No corte, foram produzidas 2.984.130 doses contra 2.449.932 no mesmo período de 2017. No leite, a produção ficou em 592.513 doses ante as 483.169 do primeiro semestre do ano anterior.
Raças mais procuradas
A ASBIA também divulgou em seu relatório os dados referentes às vendas por raças, referentes a 2017. Das 8.071.287 doses de raças de corte comercializadas no ano passado, a Angus liderou com 3.853.398 doses (Aberdeen Angus com 3.591.433 doses e Red Angus com 261.965), seguida pelo Nelore 3.058.114 doses (Nelore PO com 2.300.358 doses, Nelore CEIP com 504.444 doses e Nelore Mocho com 253.312). Outras raças com bom volume de vendas foram Brangus, Braford, Hereford, Senepol, Tabapuã e Brahman.
No leite, as vendas totais chegaram a 4.063.151 doses. A liderança continua com o Holandês, dividido entre Holandês (2.632.657 doses) e Holandês Vermelho (21.095 doses). A raça Girolando figura em segundo, com 526.755, sendo 310.001 doses da composição racial Girolando 3/4 e 216.754 doses do Girolando 5/8. As raças Jersey, Gir Leiteiro, Guzerá e Pardo-suíço também apresentaram vendas expressivas de sêmen.
Fonte: Grupo Publique