Quem cria cavalos em regiões alagadiças pode já ter alguma vez presenciado a “Febre do Cavalo de Potomac”, conhecida no Rio Grande do Sul como “churrio” ou “curso”. E, ainda, no meio científico por Ehrlichiose Monocítica Equina (EME). Considerada uma das principais causas de colites nos equinos, apresenta rápida evolução, com típicos sinais clínicos relacionados. Como por exemplo, diarreia, febre intensa, depressão, letargia e diminuição do apetite. Às vezes podendo evoluir a quadros mais graves, como anorexia, desidratação, cólica, laminite e até mesmo culminar com a morte do animal.
O inimigo invisível
Bastante comum em períodos quentes e chuvosos, especialmente em áreas alagadas, é frequentemente associada a outras enfermidades ou até mesmo a situações de estresse. “É muito confundida com verminoses, com troca de alimentação, que podem causar os mesmos sintomas”, explicou Juliana Teixeira, médica veterinária.
O cavalo é considerado hospedeiro acidental, cuja contaminação ocorre durante o pastoreio ao ingerir caramujos, insetos aquáticos, água e vegetação contaminadas pelo parasita albergando a bactéria. A doença pode ser letal e, segundo pesquisas recentes, é apontada como responsável por cerca de 25% das mortes de equinos. “Então, por isso, a recomendação é sempre que os veterinários responsáveis e o pessoal do manejo estejam muito atentos a esses tipos de sintomas”, alertou Juliana.