Você conhece a raça Nelore?
Animal representa 80% do gado de corte no Brasil
Animal representa 80% do gado de corte no Brasil
Com origem na Índia Ocidental, o Nelore foi trazido pelas tribos arianas cinco mil anos antes de Cristo. A raça nasceu com o cruzamento do Ongole, com mais de 14 raças diferentes. No Brasil, o animal chegou em meados dos anos 60, em Salvador (BA).
Segundo a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), atualmente estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 200 milhões de bovinos de corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou anelorado, o que equivale a mais de 100 milhões de cabeças. Além disso, nos últimos 30 anos, a raça tem sido utilizada para o aprimoramento genético. Foi do Nelore que surgiu o primeiro clone gerado no país a partir da célula de um animal adulto, o que os cientistas chamam de “clonagem verdadeira”.
O animal apresenta temperamento arisco e, por isso, os investimentos em cercas são importantes. Eles são rústicos e se adaptam ao ambiente tropical. E, no Brasil, são precursores do cruzamento com animais europeus, Bos taurus, com destaque para o Sul do país, onde as espécies taurinas estão mais presentes.
Esta é uma raça de grande porte, que possui pelagem de cor branca ou cinza-clara, podendo apresentar, em algumas partes do corpo, diferentes tonalidades, como a prateada e nuvem, manchas de coloração escura ao redor dos olhos, nos joelhos, nos boletos e nas quartelas. A cabeça apresenta um perfil subconvexo, com largura e comprimento médios.
O pescoço é grosso, musculoso nos machos e mais fino nas fêmeas, porém é curto. Possuem uma barbela bem desenvolvida, chegando até o umbigo. O tronco do Nelore é cilíndrico, profundo e musculoso. Eles possuem costelas longas, bem arqueadas, compridas e bem revestidas de músculos.
O gado também pode apresentar comportamento mais dócil, principalmente quando o contato com o homem aumenta. No geral, o Nelore apresenta boa conformação: cabeça pequena e leve, ossatura fina e leve e alcança bom desenvolvimento.
Por: Paula Spínola | ACNB | Canal Rural